Através do Programa
Câmbio Verde, cada 4 kg de lixo seco reciclável vale 1 kg de
frutas e verduras e cada 2 litros de óleo de cozinha usado (vegetal ou animal) vale 1 kg de hortifruti.
Esse movimento acontece a cada 15 dias nos Núcleos Regionais de Abastecimento de Curitiba, de acordo com o calendário anual das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Abastecimento.
Esse movimento acontece a cada 15 dias nos Núcleos Regionais de Abastecimento de Curitiba, de acordo com o calendário anual das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Abastecimento.
Os produtos hortifrutigranjeiros
são comprados de associações de pequenos e médios agricultores da Região
Metropolitana de Curitiba(RMC), através da Federação de Produtores do Paraná- FEPAR;
como incentivo à organização de produtores, geração de renda e preservação do
meio ambiente.
Esse projeto está
em ação há mais de 20 anos e, inicialmente, a troca era de lixo orgânico por
vale-transporte. Em 1991, por causa de
uma super safra de hortifrutigranjeiros na Região Metropolitana de Curitiba, a
administração pública auxiliou esses produtores, passando a comprar seus
produtos e repassando às famílias com renda salarial de 0 a 3,5 salários
mínimos, através de permuta pelo lixo seco reciclável.
O Câmbio Verde, que
beneficia mensalmente mais de sete mil pessoas, incentiva esses cidadãos a
separarem o lixo promovendo a reciclagem, a preservação do meio ambiente e, em
contrapartida, contribui para uma alimentação mais saudável em suas mesas.
O mesmo projeto, em
edição especial, também vai às escolas públicas municipais realizando um
trabalho de conscientização com as crianças e trocando lixo reciclável por
cadernos, ingressos para shows, chocolates, etc.
Mais cidades com a
mesma ideia sustentável
Programas semelhantes acontecem em outras cidades do Brasil, como Jundiaí/ SP, Caxias do Sul/RS e São José dos Pinhais (RMC) /PR.
Jundiaí
Jundiaí
Em Jundiaí, há 12
anos a prefeitura teve a ideia de implantar o projeto Delícia da Reciclagem que atende 500 famílias, atualmente.
O projeto mantém
uma horta orgânica em uma área de 2.300 m² que possui mais de 30 mil pés de
hortaliças nutridos com adubo feito
da compostagem de esterco, terra e podas da cidade.
Uma kombi leva as
verduras aos bairros carentes e que não fazem coleta seletiva, trocando-as por
lixo reciclável, como garrafas PET, papelão e latas de alumínio. Em paralelo, o
projeto realiza um trabalho de educação ambiental desenvolvendo a consciência
sobre os benefícios de fazer coleta seletiva e de manter uma cidade limpa.
Caxias do Sul
Em Caxias do Sul, cada 4
kg de lixo também vale 1 kg de alimento, como frutas e
hortaliças.
O programa, que
atualmente atende em torno de 1.500 famílias por mês, foi implantado em 2009, tendo
como objetivo incentivar a coleta seletiva em bairros onde os caminhões tinham
dificuldades de acesso por causa dos terreno acidentado desses locais.
As frutas, verduras
e legumes são compradas dos agricultores da região e o material reciclável
recolhido dessa troca é entregue para associações de catadores (agentes
ambientais) da cidade.
Segundo José Luiz
Zechin, diretor da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), ao
G1 ‘somando os recicladores com os
agricultores, o programa emprega cerca de 450 pessoas’.
São José dos
Pinhais
O município de São
José dos Pinhais, que faz parte da Região Metropolitana de Curitiba, também
troca lixo por alimento através do projeto Sacolão Verde, em parceria com a
Secretária da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná, de acordo com esta matéria Famílias trocam lixo por comida no Paraná.
Concluindo, aos poucos, estamos cada vez mais próximos do conceito Cidades Sustentáveis. Step
by step
chegaremos lá.
Fontes:
Delícia de Reciclagem-Jundiaí (Rev. SuperInteressante)
Vídeo Rede Globo: Moradores trocam lixo reciclável por comida em Caxias do Sul (RS)