8 de novembro de 2012

Curitiba troca lixo por alimentos há mais de 20 anos


Através do Programa Câmbio Verde, cada 4 kg de lixo seco reciclável vale  1 kg de frutas e verduras e cada 2 litros de óleo de cozinha usado (vegetal ou animal) vale 1 kg de hortifruti. 

Esse movimento acontece a cada 15 dias nos Núcleos Regionais de Abastecimento de Curitiba, de acordo com o calendário anual das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e Abastecimento.
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Os produtos hortifrutigranjeiros são comprados de associações de pequenos e médios agricultores da Região Metropolitana de Curitiba(RMC), através da Federação de Produtores do Paraná- FEPAR; como incentivo à organização de produtores, geração de renda e preservação do meio ambiente.

Esse projeto está em ação há mais de 20 anos e, inicialmente, a troca era de lixo orgânico por vale-transporte.  Em 1991, por causa de uma super safra de hortifrutigranjeiros na Região Metropolitana de Curitiba, a administração pública auxiliou esses produtores, passando a comprar seus produtos e repassando às famílias com renda salarial de 0 a 3,5 salários mínimos, através de permuta pelo lixo seco reciclável.
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O Câmbio Verde, que beneficia mensalmente mais de sete mil pessoas, incentiva esses cidadãos a separarem o lixo promovendo a reciclagem, a preservação do meio ambiente e, em contrapartida, contribui para uma alimentação mais saudável em suas mesas.

O mesmo projeto, em edição especial, também vai às escolas públicas municipais realizando um trabalho de conscientização com as crianças e trocando lixo reciclável por cadernos, ingressos para shows, chocolates, etc.


Mais cidades com a mesma ideia sustentável

Programas semelhantes acontecem em outras cidades do Brasil, como Jundiaí/ SP, Caxias do Sul/RS e São José dos Pinhais (RMC) /PR. 

Jundiaí

Em Jundiaí, há 12 anos a prefeitura teve a ideia de implantar o projeto Delícia da Reciclagem que atende 500 famílias, atualmente.

O projeto mantém uma horta orgânica em uma área de 2.300 m² que possui mais de 30 mil pés de hortaliças nutridos com adubo feito da compostagem de esterco, terra e podas da cidade.

Uma kombi leva as verduras aos bairros carentes e que não fazem coleta seletiva, trocando-as por lixo reciclável, como garrafas PET, papelão e latas de alumínio. Em paralelo, o projeto realiza um trabalho de educação ambiental desenvolvendo a consciência sobre os benefícios de fazer coleta seletiva e de manter uma cidade limpa.

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Caxias do Sul

Em Caxias do Sul, cada 4 kg de lixo também vale 1 kg de alimento, como frutas e hortaliças.

O programa, que atualmente atende em torno de 1.500 famílias por mês, foi implantado em 2009, tendo como objetivo incentivar a coleta seletiva em bairros onde os caminhões tinham dificuldades de acesso por causa dos terreno acidentado desses locais.

As frutas, verduras e legumes são compradas dos agricultores da região e o material reciclável recolhido dessa troca é entregue para associações de catadores (agentes ambientais) da cidade.

Segundo José Luiz Zechin, diretor da Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca), ao G1 ‘somando os recicladores com os agricultores, o programa emprega cerca de 450 pessoas’.

São José dos Pinhais

O município de São José dos Pinhais, que faz parte da Região Metropolitana de Curitiba, também troca lixo por alimento através do projeto Sacolão Verde, em parceria com a Secretária da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná, de acordo com esta matéria Famílias trocam lixo por comida no Paraná.

sustentabilidade nas cidades

Concluindo, aos poucos, estamos cada vez mais próximos do conceito Cidades Sustentáveis Step by step chegaremos lá.

Fontes:
Delícia de Reciclagem-Jundiaí (Rev. SuperInteressante)