23 de abril de 2012

Condomínios e cidades sustentáveis


Condomínios que adotam práticas sustentáveis contribuem de forma decisiva para a qualidade de vida de nossas cidades. Afinal, cada  morador (condômino) é um cidadão e uma cidade é feita por cidadãos.

Nossos condomínios podem ser administrados seguindo os princípios da sustentabilidade, pois são ações simples em sua maioria e, algumas delas, contribuem na redução das despesas financeiras. 

Como cidadã e moradora de condomínio fiz uma pesquisa e elaborei uma "listinha" que apresento aqui,  sobre minha visão a respeito desse tema.

Cidades Sustentáveis e Inovação

Buscar informações e começar a realizar mudanças na administração em prol da sustentabilidade está mais prático, felizmente, pois além do suporte da empresa de administração para auxiliar o síndico, temos internet acessível para encontrarmos diversos sites que já tratam do tema dirigido aos condomínios. 

Alguns exemplos de ações sustentáveis:

1) Óleo de cozinha usado: lembrem-se dos danos causados ao meio ambiente quando esse óleo é jogado no ralo da pia ou no lixo comum (além dos possíveis danos na tubulação). O síndico pode fazer contato com a prefeitura da cidade e possivelmente terá todas as dicas e orientações do que fazer a respeito. Além disso, atualmente já temos empresas e ONGs que compram o óleo para reciclagem. Pode-se vender esse óleo usado, ação que contribuirá para diminuir um pouco o valor da taxa do condomínio.

Maiores informações nessa entrevista: Re-cicle=Vida Sustentável  e  no slide: Óleo de cozinha usado, o que fazer?

2) Água
- Reaproveitamento de água da chuva e de águas cinzas são projetos muitos viáveis em alguns prédios, dependendo de sua estrutura e do número de moradores; 
-Sistema de individualização da água é uma ótima ideia, pois assim os moradores ficarão ainda mais atentos. Alguns prédios não têm hidrômetros, mas atualmente está mais acessível para adaptar essa ferramenta em edifícios. Outra ideia é fazer a cobrança de acordo com o número de moradores em cada apartamento;
-Campanhas entre os moradores para que economizem água (da máquina de lavar roupas, por exemplo, entre outros), pode parecer bobagem, mas ao longo do tempo, funciona...Isso: água mole em pedra dura tanto bate até que fura :)  

-Vejam esta campanha que desafiou condomínios a economizarem água:Disputa de Condomínios
-Lei em Niterói obriga reutilização de águas cinzas, clique:  Economia Sustentável 

3) Energia elétrica: Lâmpadas adequadas; decoração e pintura para melhor aproveitamento da luz natural; campanha entre os moradores para economia em seus apartamentos; estudo para implantação de outras formas de geração de energia (já temos prédios adotando práticas assim), etc...

4) Lixo
                              repense, reduza, reuse,  recicle...........

Se a prefeitura já faz a coleta seletiva, mas o condomínio, não, dois contêineres, um para o lixo seco outro para o úmido, já ajudam muito. Fazer parcerias com o Catadores de Materiais Recicláveis resolve boa parte do  "problema  lixo", e contribui para geração de renda e inclusão social.

Outra alternativa bacana, caso a prefeitura não faça a coleta (e mesmo que faça) é ter parceria com ONGs e empresas que  reciclam e  transformam boa parte desses resíduos em novos produtos, como por exemplo, peças de artesanato. 

Campanhas e oficinas internas: criar artigos de decoração reciclando o lixo e, por ai vai...É uma ideia. Envolver as crianças do prédio traz ótimos resultados.

Assim vamos nos reeducando.

*Lixo tóxico:(pilhas, baterias, toner de impressão, embalagens de inseticidas, tintas, remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes): mesmo algumas prefeituras e empresas tendo postos de recolhimento (em pontos específicos), alguns condomínios ainda têm o péssimo habito de misturar esse lixo  com o lixo seco comum. Acessando sites de pesquisas encontrarão várias maneiras de como destiná-los adequadamente.

Bom lembrar que o óleo de origem animal e vegetal também é considerado lixo tóxico.

*lixo orgânico: muitos condomínios podem ter sua própria horta e podem transformar boa parte do lixo úmido em adubo. Também podem usá-lo no jardim que a maioria já tem. 
Ou podem fazer contato com ONGs e demais instituições sociais que talvez o utilizam para suas hortas e/ou transformam em fonte de renda. Por que não? 
Pelo menos uma parte desses resíduos não irá para os lixões. 

Bom lembrar da aprovação da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos-PNRS, onde todo lixo deverá receber tratamento adequado.

Boas dicas aqui:www.lixo.com.br 


5) Telhado verde: parece complicado? Não é. Pode até ser que um prédio não tenha espaço suficiente no telhado para essa adaptação ou outros motivos, pois têm algumas questões técnicas que devem ser verificadas, mas nada que um profissional com experiência no assunto não saiba responder e resolver.

Em vários países, e também no Brasil, já temos alguns bons exemplos, incluindo a viabilização de hortas e espaços de lazer nos telhados (como a criação de pracinhas e parquinhos).

- Entrevista com especialistas: benefícios do telhado verde

6) Paredes verdes: se no seu prédio não tem espaço para o telhado verde, pense em paredes verdes. Vamos contribuir para redesenhar as cidades. Nosso ar ficará mais limpo e fresco, as enchentes diminuirão, seu condomínio ganhará com isolamento acústico, temperatura do ambiente interno equilibrada, entre tantas outras vantagens.


7) Assembleia virtual é uma ótima ideia. É uma forma de democratizarmos as decisões, onde todos poderão opinar de fato.São outros tempos. 


- Reunião de condomínio: Internet eleva participação 

8) E como está a acessibilidade para portadores de necessidades especiais no seu prédio? Vejam: condomínios precisam atender regras de Acessibilidade
Estamos em tempos de reavaliar conceitos. Nós, os síndicos e as administradoras de condomínios. É uma questão de cidadania.