Pensando aqui com meus botões...
Por mais que eu
consuma água beirando ao desperdício, nunca será tanto quanto a quantidade necessária para produção
de um único gênero alimentício e para a maioria de cada um dos bens que
consumimos.
Por mais que eu gere lixo, nunca será tanto quanto o que é gerado pela pecuária, mineração e agricultura.
Por mais que eu
“desperdice” energia, deixando lâmpadas acesas desnecessariamente, entre outros
tantos exemplos, ainda assim, não chega nem perto do quanto é consumido pelas
indústrias.
Juntas, a pecuária,
mineração e agricultura geram quase 100% de lixo no planeta. E a agricultura
sozinha, consome 92% de toda a água doce.
É possível reduzir o uso da água na produção de alimentos?
É possível reduzir o uso da água na produção de alimentos?
É óbvio, público e
notório para todos que as grandes lavouras, a pecuária, indústrias e empresas
só existem porque existe uma demanda provocada pelos consumidores (todos nós). Óbvio também que temos responsabilidade
sobre as possíveis consequências negativas que tudo isso causa.
Ao mesmo tempo, parece bem claro para todos que
a boa economia de um país e os nossos empregos são gerados pelas empresas. A
compra e a venda.
Isto é: o consumo.
Isto é: o consumo.
Somos em torno de sete
bilhões de habitantes na Terra e, dentro desse número, estão os cidadãos
que administram empresas e os cidadãos que não tem acesso à água potável, por exemplo.
Estamos todos no
mesmo maravilhoso barco-navio transatlântico que poderá repetir a história do Titanic ;) Brincadeirinha... Não sou da turma do Hardy. Estou mais para a visão do
Lippy, pois estou certa que temos solução para tudo.
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Lippy e Hardy |
Mas, como muitos, fico
um tanto chateada (muito indignada, diria) em saber que ainda temos alguns no "andar de cima do navio", cheios de mordomias, e outros... penando para manter a
mordomia desses “alguns”.
Desses sete
bilhões, só os "cidadãos comuns" em seus afazeres domésticos é que devem se
preocupar com seu lixo, economizar água e energia, e fazer compras com sacolas
PET?
Uma coisa é a
tomada de consciência e mudança de atitudes relacionadas às nossas atividades triviais
no cotidiano; outra é ter o direito de saber de fato o que as empresas estão
fazendo para melhorar ou, no mínimo, atenuar essa situação.
Quantas estão
evitando desperdício, evitando envenenamento das águas, solo e ar que resultam do
processo de produção e fabricação dos tantos bens de consumo?
Quantas estão implantando
soluções inovadoras, como processo de produção (e produto) mais sustentável, reúso da água, projetos
de energia limpa/renovável, solução para o lixo, coisas assim??...
Se as empresas não
mudam esse cenário em nosso benefício e do meio ambiente, mesmo com
nossas mudanças no dia a dia -como escovar os dentes com a torneira fechada e separar o lixo-, na soma, veremos que pouco ou nada acaba sendo resolvido.
Além disso, ficamos
de mãos atadas, pois muitos dos gêneros que consumimos são de primeira
necessidade e não temos opções alternativas.
Aliás, mesmo sobre os gêneros
que não são tão de primeira necessidade assim ou chamados de supérfluos, considero que temos o direito de
usufruí-los. Quem quer voltar para a idade da pedra? Bom, eu não.
Temos o direito que tudo seja produzido de forma sustentável.
Temos o direito que tudo seja produzido de forma sustentável.
Bom saber que já temos empresas mudando, inovando... ECOinovando.
Bom saber
que algumas organizações que existem pelo mundo, fazem campanhas e fomentam
projetos com informações a respeito dessas empresas sustentáveis.
Bom saber que muitos fazem sua parte em prol do bem-estar da humanidade e do planeta.